Sunday, January 11, 2009

O assunto do momento

Por mais que eu tente fugir dele, o assunto do momento é o conflito de Israel, nem vou dizer com a Palestina, porque é mais com a organização terrorista palestina Hamas. Desculpando pela pobreza da comparação, mas o conflito me sugere a imagem de um baixinho que passa o tempo todo implicando com um grandão e, quando o grandão parte para a briga, o baixinho começa a gritar e a chorar dizendo que é covardia. Pior, quando chega gente para tentar "apartar" a briga, o baixinho, que está levando a pior, fica dizendo para ninguém se meter, que a encrenca é com ele.

Também fica claro que o conflito divide as opiniões entre os grandes blocos que disputam a hegemonia mundial: capitalismo (neoliberalismo) x comunismo (estatismo); esquerda x direita; Estados Unidos e aliados x bloco dos países comunistas e socialistas. A opinião extravasa o âmbito do conflito, embora todos jurem de pé junto uma vocação humanitária sem outros interesses por detrás da defesa de um dos lados. Toda a manipulação do noticiário, com a veiculação de imagens das crianças mortas, dos civis atingidos e dos danos materiais faz parte da propaganda pró Hamas.

O que fica difícil de entender é como é que o mundo pode exigir a paz de Israel com um opositor que têm como princípio básico a sua eliminação? Não há condições de um diálogo, nem para início de conversa. E é importante assegurar que essa característica antissemita vigora em todos os países da região (a princípio todos são contra o Estado de Israel). Dizem que o Hamas não consegue impingir os mesmo dados aos israelenses, concordo, mas não é por falta de vontade ou de vocação terrorista.

Muitas das mortes civis poderiam ser evitadas se o Hamas não usasse a população civil como escudo, ou não depositasse armas em locais inapropriados (ou apropriados, porque parece haver interesse na ocorrência de vítimas civis para serem usadas na propaganda contra Israel). O próprio Hamas não concorda com a suspensão do conflito porque não abre mão da destruição do seu inimigo.

Mesmo sem grandes consideração sobre quem tem mais razão, eu tenho uma maneira fácil de me posicionar nesse tipo de conflito: quando o chamado eixo-do-mal, o bloco dos ditadores e dos inimigos da democracia se posicionam a favor de um lado, eu fico automaticamente do outro...

Tuesday, January 06, 2009

Natimortos

Esse caso de um bebe que, segundo a equipe médica de um hospital em São Paulo, teria nascido morto e após "revivido" milagrosamente quando já se encontrava no necrotério da maternidade, me faz lembrar de caso idêntico ocorrido no interior do Estado (RS), mas com resultado bem diverso.

Segundo os pais da criança gaúcha, a mesma teria chorado e se movimentado durante o seu velório. Levada ao hospital a criança foi dada - novamente - como morta. Na ocasião, um inquérito constatou - não posso dizer de que modo ou baseado em que tipo de evidência - que a criança já estaria morta quando nasceu.

Ou seja, os médicos e a polícia gaúcha, ao contrário dos seus congêneres paulistas, são céticos e não acreditam em milagres. O resultado da investigação aqui no RS aponta para a impossibilidade de que a criança possa não ter nascido morta, ou mesmo possa ter revivido após o óbito.

Já não se fazem mais médicos como antigamente...

Monday, October 20, 2008

As pirâmides da internet

As pirâmides da web não ficam no Egito, elas estão em todos os lugares. Não falo, é claro!, das pirâmides, das tumbas faraônicas da antiguidade. Falo de um esquema do qual você provavelmente conhece ou já ouviu falar (e até foi convidado para particicpar!): os esquemas das listas onde todos conseguem ficar ricos. É mais um caso de geração espontânea de dinheiro, saindo do nada, todo mundo fica rico e ninguém perde.

Na web a coisa não funciona com listas, mas com sites que garantem riqueza e satisfação garantida para todos. Esquemas de ganhar dinheiro se muito esforço. Conheço um que até advoga a vagabundagem como meio de vida: o cínico -vigarista e charlatão também - afirma "qual a vantagem de ganhar dinheiro trabalhando?"

No caso dele, que ganha dinheiro em cima daqueles que acreditam que é possível ganhar dinheiro sem trabalhar - espero que não seja o seu caso! - é possível. Nos demais casos essa história de loterias, esquemas mágicos, livros, sites que rendem milhões é tudo conversa fiada, pura vigarice e enganação.

Você já deve ter lido a frase inglesa "there's no free lunch", ou em bom português "não há almoço grátis". O significa é claro: tudo tem o seu preço, ninguém dá nada para ninguém, não existe geração espontânea de dinheiro, como em qualquer jogo: quando alguém ganha, alguém perde.

Desconfie de qualquer esquema de enriquecimento fácil. Como dizia o maior sábio do século XX: "o único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário - Albert Einstein.

Friday, July 11, 2008

Democracias

Há democracias e democracias. As democracias que me favorecem são sempre mais democráticas do que aqueles que me contrariam. A democracia que elege um Chávez é mais democrática do que a que elege um Uribe. Questão de gosto, de cor, de partido, de matiz.

Não importa que Uribe detenha uma aprovação de mais de 80% da população colombiana. O povo de lá não sabe o que quer, não tem representatividade, o único povo que sabe o que quer é a aquele que decide pelas esquerdas, bem ao gosto dos democratas do pensamento único.

E viva-se com uma gente que pensa desse modo...

Wednesday, June 11, 2008

Atitudes

Nós, a rigor, não temos oposição, temos grupos dissidentes dos partidos que se coligaram para assumir o aparelho estatal. Para que pudéssemos chamar estes grupos de verdadeiras oposições seria necessário que agissem como tal. Acresce a isso o fato de que não existem mais partidos de direita ou de centro no país, são todos variantes da esquerda.

Depois do período revolucionário, no qual a ditadura foi confundida com os partidos de direita, no simulacro da democracia maniqueísta bipartidária que se instaurou no país, ser um defensor das idéias da direita, ou mesmo do centro, tornou-se politicamente incorreto. O próprio período revolucionário encarregou-se de forjar uma esquerda safa e eficiente.

Fazer oposição no período revolucionário era atividade de alto risco. Como é natural, a oposição da época - que é hoje situação - "aprendeu com o demônio a sobreviver no inferno". Os que hoje se arvoram oposição não estão lidando com inocentes, e não passam de aprendizes de magia tentando enfeitiçar os feitceiros. O resultado é fácil de prever e constatar.

Para isso, basta analisar os resultados das CPI's em que os partidos de esquerda estão ora respondendo como situação, ou atuando como oposição: na CPI do mensalão obteve-se um resultado tão pífio, uma saída tão fácil para os acusados, como nem a oposição poderia sonhar nos seus mais utópicos sonhos. Vejam agora essa CPI no RS, na qual o partidos de esqsuerda atuam como oposição e em minoria: que maravilha de resultados!

Além do indiciamento de mais de uma meia centena de acusados, os oposicionistas já entraram como um pedido de impeachment da governadora. Isso é que é ser oposicionistas eficientes!

Sunday, April 13, 2008

O bem e o mal

Nosso bem é também o nosso maior mal. Explico. Aquilo que nos torna os melhores é também o que nos torna os piores. O pensamento continua confuso?, eu sei. Qual a caracteristica que nos individualiza como povo? A despreocupação, a alegria, o famoso jeitinho brasileiro? É isso, somos um povo que não leva nada a sério, nosso "lasse faire" é o que ameniza e desorganiza o convivio social.

O nosso povo não tem uma indole que o leve a cobrar dos governantes; para o bem e para o mal não somos seguidores e ccumpridores da lei. Para tudo há um jeitinho, uma saída, uma forma de contornar os problemas - mesmo quando os problemas não são verdadeiramente problemas, mas a lei que regula e orienta para o convivio social.

Queremos o império da lei e, a um só tempo, não queremos. Queremos ordem na fila e queremos ser atendidos em primeiro lugar, ou queremos um passe-livre, ou um amigo que "nos quebre o galho". Quereos o paraíso com uma legislação e um proceder do inferno. Impossível!

Monday, May 21, 2007

Escambos

Todos conhecem aquelas histórias em que os colonizadores trocavam quinquilharias (espelhinhos, bijuterias e outras bugigangas) com os índios por ouro ou pedras preciosas. Era um escambo em que os exploradores se valiam da ignorância dos silvícolas para levar a melhor no negócio.

Pois em pleno século XXI, depois que um índio cocaleiro boliviano conseguiu levar a melhor sobre todo o - competentíssimo - governo brasileiro, parece que a história está correndo mundo e todos estão querendo tirar a sua casquinha.

Agora são os paraguaios que se dizem injustiçados, insatisfeitos com o valor pago pela utilização da energia excedente e pertencente aos 50% do Paraguai que é produzida pela Usina Binacional de Itaipu. Já abriram a boca - começaram a acenar com os espelhinhos - e estão querendo receber mais.

A julgar pelo passado, eles tem uma grande chance!