Wednesday, June 11, 2008

Atitudes

Nós, a rigor, não temos oposição, temos grupos dissidentes dos partidos que se coligaram para assumir o aparelho estatal. Para que pudéssemos chamar estes grupos de verdadeiras oposições seria necessário que agissem como tal. Acresce a isso o fato de que não existem mais partidos de direita ou de centro no país, são todos variantes da esquerda.

Depois do período revolucionário, no qual a ditadura foi confundida com os partidos de direita, no simulacro da democracia maniqueísta bipartidária que se instaurou no país, ser um defensor das idéias da direita, ou mesmo do centro, tornou-se politicamente incorreto. O próprio período revolucionário encarregou-se de forjar uma esquerda safa e eficiente.

Fazer oposição no período revolucionário era atividade de alto risco. Como é natural, a oposição da época - que é hoje situação - "aprendeu com o demônio a sobreviver no inferno". Os que hoje se arvoram oposição não estão lidando com inocentes, e não passam de aprendizes de magia tentando enfeitiçar os feitceiros. O resultado é fácil de prever e constatar.

Para isso, basta analisar os resultados das CPI's em que os partidos de esquerda estão ora respondendo como situação, ou atuando como oposição: na CPI do mensalão obteve-se um resultado tão pífio, uma saída tão fácil para os acusados, como nem a oposição poderia sonhar nos seus mais utópicos sonhos. Vejam agora essa CPI no RS, na qual o partidos de esqsuerda atuam como oposição e em minoria: que maravilha de resultados!

Além do indiciamento de mais de uma meia centena de acusados, os oposicionistas já entraram como um pedido de impeachment da governadora. Isso é que é ser oposicionistas eficientes!