Monday, October 20, 2008

As pirâmides da internet

As pirâmides da web não ficam no Egito, elas estão em todos os lugares. Não falo, é claro!, das pirâmides, das tumbas faraônicas da antiguidade. Falo de um esquema do qual você provavelmente conhece ou já ouviu falar (e até foi convidado para particicpar!): os esquemas das listas onde todos conseguem ficar ricos. É mais um caso de geração espontânea de dinheiro, saindo do nada, todo mundo fica rico e ninguém perde.

Na web a coisa não funciona com listas, mas com sites que garantem riqueza e satisfação garantida para todos. Esquemas de ganhar dinheiro se muito esforço. Conheço um que até advoga a vagabundagem como meio de vida: o cínico -vigarista e charlatão também - afirma "qual a vantagem de ganhar dinheiro trabalhando?"

No caso dele, que ganha dinheiro em cima daqueles que acreditam que é possível ganhar dinheiro sem trabalhar - espero que não seja o seu caso! - é possível. Nos demais casos essa história de loterias, esquemas mágicos, livros, sites que rendem milhões é tudo conversa fiada, pura vigarice e enganação.

Você já deve ter lido a frase inglesa "there's no free lunch", ou em bom português "não há almoço grátis". O significa é claro: tudo tem o seu preço, ninguém dá nada para ninguém, não existe geração espontânea de dinheiro, como em qualquer jogo: quando alguém ganha, alguém perde.

Desconfie de qualquer esquema de enriquecimento fácil. Como dizia o maior sábio do século XX: "o único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário - Albert Einstein.

Friday, July 11, 2008

Democracias

Há democracias e democracias. As democracias que me favorecem são sempre mais democráticas do que aqueles que me contrariam. A democracia que elege um Chávez é mais democrática do que a que elege um Uribe. Questão de gosto, de cor, de partido, de matiz.

Não importa que Uribe detenha uma aprovação de mais de 80% da população colombiana. O povo de lá não sabe o que quer, não tem representatividade, o único povo que sabe o que quer é a aquele que decide pelas esquerdas, bem ao gosto dos democratas do pensamento único.

E viva-se com uma gente que pensa desse modo...

Wednesday, June 11, 2008

Atitudes

Nós, a rigor, não temos oposição, temos grupos dissidentes dos partidos que se coligaram para assumir o aparelho estatal. Para que pudéssemos chamar estes grupos de verdadeiras oposições seria necessário que agissem como tal. Acresce a isso o fato de que não existem mais partidos de direita ou de centro no país, são todos variantes da esquerda.

Depois do período revolucionário, no qual a ditadura foi confundida com os partidos de direita, no simulacro da democracia maniqueísta bipartidária que se instaurou no país, ser um defensor das idéias da direita, ou mesmo do centro, tornou-se politicamente incorreto. O próprio período revolucionário encarregou-se de forjar uma esquerda safa e eficiente.

Fazer oposição no período revolucionário era atividade de alto risco. Como é natural, a oposição da época - que é hoje situação - "aprendeu com o demônio a sobreviver no inferno". Os que hoje se arvoram oposição não estão lidando com inocentes, e não passam de aprendizes de magia tentando enfeitiçar os feitceiros. O resultado é fácil de prever e constatar.

Para isso, basta analisar os resultados das CPI's em que os partidos de esquerda estão ora respondendo como situação, ou atuando como oposição: na CPI do mensalão obteve-se um resultado tão pífio, uma saída tão fácil para os acusados, como nem a oposição poderia sonhar nos seus mais utópicos sonhos. Vejam agora essa CPI no RS, na qual o partidos de esqsuerda atuam como oposição e em minoria: que maravilha de resultados!

Além do indiciamento de mais de uma meia centena de acusados, os oposicionistas já entraram como um pedido de impeachment da governadora. Isso é que é ser oposicionistas eficientes!

Sunday, April 13, 2008

O bem e o mal

Nosso bem é também o nosso maior mal. Explico. Aquilo que nos torna os melhores é também o que nos torna os piores. O pensamento continua confuso?, eu sei. Qual a caracteristica que nos individualiza como povo? A despreocupação, a alegria, o famoso jeitinho brasileiro? É isso, somos um povo que não leva nada a sério, nosso "lasse faire" é o que ameniza e desorganiza o convivio social.

O nosso povo não tem uma indole que o leve a cobrar dos governantes; para o bem e para o mal não somos seguidores e ccumpridores da lei. Para tudo há um jeitinho, uma saída, uma forma de contornar os problemas - mesmo quando os problemas não são verdadeiramente problemas, mas a lei que regula e orienta para o convivio social.

Queremos o império da lei e, a um só tempo, não queremos. Queremos ordem na fila e queremos ser atendidos em primeiro lugar, ou queremos um passe-livre, ou um amigo que "nos quebre o galho". Quereos o paraíso com uma legislação e um proceder do inferno. Impossível!